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Com o objetivo de alcançar objetivos profissionais, e também para poder explorar outras culturas, Bernardo Silva não pensou “duas vezes” quando, em 2018, surgiu a oportunidade de ir trabalhar para a Suíça. O IT Audit Manager, formado na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, garante que a qualidade de vida “melhorou significativamente” e que, aos 30 anos, tem agora a oportunidade de “construir uma base sólida” para o futuro que, vislumbra, será com certeza em Portugal. Bernardo Silva admite ainda, ao Mundo Atual, que o mais difícil de suportar é mesmo a ausência da “família e dos amigos”, mas, as saudades da “cozinha portuguesa e o afeto do povo português” também lhe fazem muita falta.
Porque decidiu emigrar?
Ao fim de quase 2 anos a trabalhar em Portugal, senti a necessidade de ter uma experiência internacional pelo estrangeiro, para alcançar objetivos profissionais e também explorar novos países e culturas. Assim que recebi a oferta para ir trabalhar para a Suíça, não pensei duas vezes.
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Por quais países já passou?
Antes de emigrar, já tinha tido a oportunidade de viajar várias vezes para África – Angola, Cabo Verde e Moçambique. Desde que emigrei para a Suíça, visto que o meu emprego exige viajar cerca de 70% do meu tempo tenho explorado vários países profissionalmente e também por lazer: Argentina, Austria, Bélgica, Brazil, Colombia, Croácia,Dinamarca, Dubai, Espanha, Filandia, França, Holanda, Hungria, Inglaterra, Itália, Japão, Noruega, Polónia, Suécia… e claro Suíça! Mas ainda há muito por explorar.
Como tem sido a experiência em Zurique?
Tenho mesmo adorado a experiência! Como Zurique é uma cidade muito internacional tive a oportunidade de formar muitas novas amizades com vários amigos de todas as partes do mundo. Também em termos de qualidade de vida pessoal melhorou significativamente comparando com a altura em estava a viver e a trabalhar em Portugal.

Quais são os principais desafios pessoais e profissionais?
Em termos de desafios a nível profissional tenho de ter valências multidisciplinares na área técnica de sistemas de informação onde trabalho, mas de realçar também a componente de soft-skills de ter de interagir com várias culturas e de poder aprender todos os dias novas línguas e culturas. A nível pessoal, o maior desafio passa em arranjar alguma estabilidade – dado que passo uma parte significativa do meu tempo a viajar – e a distância de amigos e família em Portugal – isto foi especialmente difícil durante a pandemia onde havia restrições a viajar e não podia regressar ao meu país quando queria.
Quais são as principais diferenças entre Portugal e o país onde está?
Qualidade de vida (ainda que a elevado custo) é realmente muito significativa – como sou jovem, isto deu-me uma possibilidade de começar a construir uma base sólida para o meu futuro. Julgo que também, a oportunidade de ter filhos na Suíça, é uma vantagem muito significativa, dado que as crianças são expostas desde cedo a falar duas ou três línguas, o que se torna muito vantajoso para o futuro. E também realço que, comparado com a altura em que estava a trabalhar em Portugal, o balanço entre trabalho e vida pessoal é bastante mais respeitado.

Como gere o facto de estar longe da família e dos amigos?
Nem sempre é fácil… já houve situações onde não pude estar presente em importantes marcos da vida de pessoas que amo. As novas tecnologias para poder falar e comunicar ajudam bastante para combater a distância. Mas também tento ir pelo menos quatro vezes por ano a Portugal – literalmente de lés-a-lés – para estar com os meus amigos e família (não dá mesmo para descansar).
Do que sente mais falta?
Sempre da família e amigos, muitas vezes da cozinha portuguesa e da vida e afeto do povo português! Honestamente, a Suíça pode ser bastante aborrecida por vezes, ao passo que em Portugal (em Porto ou Lisboa) há sempre algo a acontecer!
Vem com frequência a Portugal?
No mínimo quatro vezes por ano, durante feriados e período de férias.
Está nos seus planos regressar definitivamente a Portugal?
Está definitivamente nos meus planos regressar a Portugal! Quando aceitei embarcar nesta aventura nunca pensei que fosse algo definitivo, mais para aproveitar ao máximo enquanto ainda sou jovem sem responsabilidades de maior. E mesmo que viaje por muitos países e vá viver em mais uns quantos, Portugal será sempre o país para onde irei voltar!