
São Paulo, 29 abr 2022 (Lusa) – A taxa de desemprego no Brasil ficou em 11,1% no trimestre de janeiro a março, dado que mostra estabilidade face ao trimestre anterior (11,1%), informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Também houve estabilidade no número de desempregados, que totalizou 11,9 milhões de pessoas.
O resultado do desemprego no Brasil no primeiro trimestre do ano indicou uma queda de 3,8 pontos percentuais face a igual trimestre de 2021 (14,9%).
De acordo com a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, a estabilidade da taxa de desemprego no Brasil é explicada pelo facto de não haver crescimento na busca por trabalho neste período do ano.
“Se olharmos a desocupação em retrospeto, pela série histórica da pesquisa, podemos notar que, no primeiro trimestre, essa população costuma aumentar devido aos desligamentos que há no início ano. O trimestre encerrado em março se diferiu desses padrões”, afirmou Adriana Beringuy.
O IBGE informou também que houve uma queda de 2,5% dos trabalhadores por conta própria na comparação com o último trimestre, o que representou a saída de 660 mil pessoas dessa categoria.
“Os empregados sem carteira [contrato de trabalho] no setor privado ficaram estáveis, depois de três trimestres em expansão. Já o número de trabalhadores por conta própria teve retração após cinco trimestres de aumento. No trimestre encerrado em março, essa queda no trabalho por conta própria respondeu pela redução no total da população ocupada”, explicou Adriana Beringuy.
A população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas no Brasil somou 6,5 milhões, dado que indica uma queda de 11,7% face ao trimestre anterior (redução de 860 mil pessoas) e 8,2% face ao mesmo trimestre de 2021, quando havia no Brasil 7,1 milhões de pessoas subocupadas.
Já a população brasileira economicamente ativa que está fora da força de trabalho soma 65,5 milhões de pessoas, dado que indica uma subida de 1,4% (mais 929 mil pessoas) face ao trimestre anterior e queda de 4,8% (menos 3,3 milhões de pessoas) no ano.
A população desalentada, ou seja, em idade economicamente ativa, mas que não procura emprego por considerar que não encontrará, soma 4,6 milhões de pessoas, dado que indicou uma queda de 4,1% (menos 195 mil pessoas) face ao trimestre anterior e recuou 22,4% (menos 1,3 milhão de pessoas) ante igual trimestre de 2021.
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