
A candidata da CDU à Câmara de Gaia Diana Ferreira disse hoje que a autarquia deve combater a precariedade, quer no setor público quer no privado, e assumir uma posição pública firme na valorização dos salários no concelho.
“[Gaia deve ser um] concelho que defende o emprego com direitos, que combate a precariedade e que valorize os trabalhadores, desde logo os trabalhadores da autarquia, combatendo todos os vínculos precários e garantindo que todos os trabalhadores que correspondam a necessidades permanentes tenham vínculos efetivos”, salientou.
Diana Ferreira, deputada na Assembleia da República desde 2014, e candidata à Câmara de Gaia, no distrito do Porto, pela coligação que integra o PCP e o PEV nas eleições de 26 de setembro, frisou que no caso de trabalhadores de empresas privadas esse ‘combate’ é feito “assumindo posições públicas firmes perante realidades que possam existir”.
“Tem que haver um caminho de valorização geral dos salários nas empresas, desde logo um aumento do salário mínimo nacional para os 850 euros, como aliás nós temos proposto. Mas também em situações de atropelos laborais que possam existir, assumir publicamente uma posição que condena esses atropelos, dizer que não se aceita que isso tenha lugar no concelho de Gaia e tomando uma posição firme ao lado dos trabalhadores na defesa de postos de trabalho”, acrescentou.
A cabeça-de-lista à Câmara de Gaia falava à Lusa após uma ação de campanha junto dos trabalhadores da empresa fabricante de agulhas Groz-Beckert, onde aproveitou a troca de turno para divulgar as suas propostas, tal como tem feito durante a campanha junto de outras empresas do concelho.
Diana Ferreira apontou também que a Câmara de Gaia ainda não aplicou o suplemento de perigosidade e insalubridade, “ao contrário dos municípios liderados pela CDU”.
Além disso, destacou que a Câmara de Gaia deve valorizar os direitos dos trabalhadores, seja “na reposição de direitos que foram roubados seja também no avanço de direitos laborais e sociais”.
“Não há concelho nem país que seja desenvolvido se não tiver os trabalhadores devidamente valorizados e com direitos assegurados”, referiu a licenciada em psicologia.
“Só é possível melhorar de vida (…) se valorizarem também os salários de forma significativa. Nós temos uma política de baixos salários no nosso país que temos que combater e inverter”, disse ainda.