08 Fevereiro 2023, 02:18

Pequim recusou telefonema do chefe do Pentágono após abate de balão chinês nos EUA

LUSA Autor
Agência de notícias de Portugal

Washington, 07 fev 2023 (Lusa) — Pequim recusou no sábado um telefonema, proposto pelos Estados Unidos, entre o secretário da Defesa, Lloyde Austin, e o seu homólogo, Wei Fenghe, logo após a Força Aérea norte-americana ter derrubado o balão chinês, foi hoje divulgado.


“O nosso compromisso de manter os canais de comunicação abertos vai continuar”, garantiu, no entanto, o porta-voz do Departamento de Defesa dos EUA (Pentágono), Pat Ryder.


Esta rejeição, divulgada em comunicado pelo Pentágono, confirma a deterioração das relações entre as duas principais potências mundiais, noticia a agência France-Presse (AFP).


Os militares norte-americanos abateram, no sábado, ao largo da costa do estado da Carolina do Sul, no sudeste do país, um balão chinês, considerado pelo Pentágono como um dispositivo de espionagem.


A China disse que se tratava de um balão de uso civil e acusou os Estados Unidos de “exagerarem” ao usarem a força.


“No sábado, logo após tomar medidas para derrubar o balão do Partido Comunista Chinês, o Departamento de Defesa [dos EUA] apresentou um pedido de ligação segura entre Austin e o ministro da Defesa chinês Wei Fenghe”, detalhou Pat Ryder.


“As comunicações entre os nossos Exércitos são particularmente importantes em momentos como este. Infelizmente, o Partido Comunista Chinês recusou o nosso pedido”, acrescentou.


A descoberta do balão no espaço aéreo dos EUA desencadeou uma crise diplomática entre Washington e Pequim e levou à suspensão da viagem que Blinken tinha planeado fazer ao país asiático entre domingo e segunda-feira.


Depois de abaterem o dispositivo chinês no sábado, os Estados Unidos já recuperaram os primeiros destroços, mas Washington vincou que não existe qualquer intenção de os devolver à China.


A Colômbia anunciou também, no fim de semana, que um balão sobrevoou o seu território, informação confirmada por Pequim.



DMC (JPI) // CC


Lusa/Fim

Sem comentários

deixar um comentário