07 Fevereiro 2023, 19:18

Ucrânia e México entre países com mais jornalistas mortos em serviço em 2022

LUSA Autor
Agência de notícias de Portugal

Bruxelas, 07 fev 2023 (Lusa) — Pelo menos 68 profissionais da comunicação social foram assassinados em todo o mundo no exercício das suas funções em 2022, mais 21 do que em 2021, indica o relatório anual da Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ) hoje divulgado.


Segundo o documento, os países mais perigosos para o exercício da profissão e em que foram assassinados mais profissionais foram a Ucrânia (12), México (11), Haiti (sete), Paquistão (cinco), Colômbia e Filipinas (ambos com quatro).


No relatório, a FIJ dá conta dos nomes de 387 jornalistas e outros profissionais de imprensa que estão atualmente detidos em prisões, o maior número desde que a FIJ começou a publicar as listas de profissionais presos, o que acontece desde o Dia Internacional dos Direitos Humanos, há dois anos.


China e Hong Kong lideram a lista, com 84 detidos, à frente de Myanmar (ex-Birmânia) com 64, Turquia (51), Irão (34) e Bielorrússia (33).


“O relatório não é apenas sobre os níveis de violência contra jornalistas e outros profissionais de imprensa indicados pelo grande número de ataques contra eles, mas também sobre as causas subjacentes”, disse o secretário-geral da FIJ, Anthony Bellanger.


“Os pormenores contidos neste relatório servem como prova da variedade de ameaças, atos reais de violência e da cultura de impunidade que explicam a persistente crise de segurança no jornalismo”, acrescentou.


A FIJ sublinha que a falta de ação e vontade política para enfrentar a impunidade por crimes cometidos contra jornalistas está a contribuir para a atual crise de segurança nos ‘media’, pelo que pediu a realização de uma Convenção Internacional nas Nações Unidas dedicada à proteção de todos os profissionais da comunicação social.


Fundada em 1926 e com sede em Bruxelas, a FIJ é a maior organização de jornalistas do mundo, representando mais de 600.000 profissionais de 187 sindicatos e associações em mais de 140 países.


 


JSD // PDF


Lusa/Fim

Sem comentários

deixar um comentário